Hospitalar 2025: A crescente importância da telemedicina e IA para sustentabilidade do setor

Hospitalar 2025: A crescente importância da telemedicina e IA para sustentabilidade do setor

Na última semana, estivemos pela primeira vez como expositores na Hospitalar, principal feira do setor de saúde da América Latina. Podemos afirmar, com toda certeza, que foi uma excelente oportunidade para awareness de marca, reencontrar parceiros e fazer novas conexões que gerem valor agregado ao nosso negócio, seja no setor de radiologia como também no de tecnologia e inovação.

Além de apresentar aos participantes como funciona a nossa a tecnologia que integra telecomando de exames com telelaudos, ainda entrega assessoria técnica para clínicas e hospitais, tínhamos como meta conferir as principais tendências e debates sobre o que podemos esperar da medicina moderna.

Vimos uma feira com muita tecnologia em todos os setores e principalmente com soluções conectadas com as demandas atuais da sociedade. Dentre várias novidades, podemos destacar a Telemedicina e Inteligência Artificial (IA), que aparecem por muitas vezes conectadas para entregar maior eficiência em gestão hospitalar e sustentabilidade ao negócio, além de uma experiência hiper focada no cuidado com o paciente.

Não é de hoje que a Telemedicina, que pode abranger diversas áreas, incluindo consultas remotas (teleconsultas), telemonitoramento, emissão de laudos a distância (telelaudos), e até mesmo suporte para cirurgias, ganha protagonismo. Segundo o relatório Distrito Healthtechs Report, lançado em 2023, a telemedicina emerge como uma das áreas mais cruciais dentro do cenário da saúde digital, com projeções globais alcançando US$857,2 bilhões até 2030, representando um crescimento anual de 18,8%.

Esses números devem ganhar ainda mais relevância e corpo, quando aliamos a telemedicina com a Inteligência Artificial. Afirmo isso pois durante a Hospitalar 2025, pudemos ver com mais clareza como os algoritmos avançados da IA poderão ser utilizados para apoiar os médicos em suas consultas, diagnósticos e escolhas de tratamentos no futuro.

Mas, entre as principais discussões também ouvimos muito “será que a IA vai substituir os médicos?”. A resposta é que ainda não e dificilmente saberemos. A adoção da tecnologia precisa e deve ser aliada com o atendimento e avaliação de profissionais de saúde qualificados para permitir que o cuidado seja realizado de modo completo, humanizado, com qualidade e segurança.

Já para a gestão hospitalar, a IA está promovendo inovações no modo de como os hospitais podem gerenciar suas operações e recursos, promovendo redução de custos e ganhos na agilidade e qualidade de atendimento. Um exemplo é a otimização da alocação de recursos e automação de processos como agendamento de consultas e procedimentos, triagem de pacientes e a distribuição de leitos e até o gerenciamento de estoques de medicamentos e materiais contribuem para uma gestão mais eficiente e reduz custos operacionais.

Outra possibilidade que vimos foi que a IA pode ser utilizada para diagnosticar padrões em grandes volumes de dados administrativos e clínicos, ajudando os hospitais e clínicas a antecipar possíveis problemas de fluxo de pacientes, ruídos na cadeia de suprimentos e falhas em sistemas internos, permitindo uma abordagem mais rápida e proativa. Essa aplicação não só aprimora a eficiência, mas também garante uma melhor experiência para os pacientes, reduzindo tempo de espera e assegura que os recursos sejam utilizados de forma mais eficaz.

Ainda há um vasto mundo a ser desbravado quando falamos de saúde digital ou medicina do futuro, mas uma coisa é certa.  O aperfeiçoamento, e até mesmo a combinação, da telemedicina e da Inteligência Artificial está ainda mais presente no sistema de saúde, tanto no setor público quanto privado, proporcionando mais acessibilidade, precisão, encurtamento de prazos e conveniência aos pacientes.